junho 09, 2012

Os Escritores Moçambicanos e o AO

A Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) tomou posição sobre a notícia da ratificação do Acordo Ortográfico pelo governo de Moçambique:
A Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) congratulou-se hoje com a ratificação pelo Governo moçambicano do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, considerando que a decisão coloca o país ao corrente da evolução que a língua registou nos últimos tempos.
[...]
"É bem-vindo o Acordo Ortográfico porque estávamos ansiosamente à espera que vigorasse em Moçambique. A língua não é estática, evolui e temos que estar a par dessa transformação" disse à Lusa Jorge Oliveira, secretário-geral da AEMO.
Jorge Oliveira entende que com a ratificação do acordo pelo Conselho de Ministros, Moçambique deu um passo importante no esforço de harmonização das várias ortografias usadas na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
"Penso que estão refletidas no acordo as várias tendências ortográficas em uso na CPLP. Essa preocupação ficou patente desde os trabalhos preparatórios do acordo. Moçambique está lá representado", assinalou Jorge Oliveira, rejeitando a ideia de que o tratado foi imposto pelo Brasil e Portugal. [Fonte: Notícias Sapo Angola]
O mais destacado escritor moçambicano,  Mia Couto, já tinha declarado a sua satisfação pela ratificação do AO pelo seu país.


Como é habitual nestas questões, os melhores exemplos de cultivo, valorização e reconhecimento da importância da internacionalidade da Língua Portuguesa vêm de fora. Em contrapartida, os maiores obstáculos à projeção internacional e à unidade da Língua Portuguesa são protagonizados por portugueses. A este respeito, é bastante esclarecedor confrontar a posição do secretário-geral da AEMO com a posição dos presidentes da Associação Portuguesa de Escritores e da Sociedade Portuguesa de Autores.

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