fevereiro 23, 2012

Henrique Monteiro em Português Grande


Extratos de artigo de opinião de Henrique Monteiro publicado na revista Atual da edição impressa do Expresso de 18 fevereiro 2012 (sublinhados nossos):
“Duas décadas depois de concluído, quatro anos depois de aprovado por ampla maioria no Parlamento, milhões de euros de investimentos depois, renasce a ofensiva contra o Acordo Ortográfico. Vamos falar de forma diferente? Claro que não! O que há é muita teimosia e alguma ignorância.
[...]
Cedemos? Não sei, nem me importa. Não quero uma língua para me distinguir do Brasil. Prefiro uma que me aproxime. E quem diz Brasil, que tem 200 milhões de falantes, diz naturalmente Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde, São Tomé e Timor.
[...]
Acirrar ânimos, insultar adversários, fazer juras solenes em torno de uma simples representação do nosso idioma faz-me lembrar aquele padre tio de Brás Cubas que o genial Machado de Assis (e não por acaso cito um autor brasileiro que devia ser mais lido em Portugal) descreve assim: "Não era homem que visse a parte substancial da igreja; via o lado externo, a hierarquia, as preeminências, as sobrepelizes, as circunflexões. Vinha antes da sacristia do que do altar. Uma lacuna no ritual excitava-o mais do que uma infração dos mandamentos". (E aqui, a palavra infração segue o modo como ele a escreveu... em 1881)."
 Artigo completo em linha aqui.


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fevereiro 22, 2012

José António Saraiva em Português Grande


Extratos da coluna do diretor publicada no Sol de 20 fevereiro 2012 (link).
"[O autor do artigo citando o pai, António José Saraiva] "A oposição ao Acordo Ortográfico é um enorme disparate. O nosso grande património é termos uma língua comum com o Brasil, com Angola, com Moçambique… Tudo o que pudermos fazer para aproximarmos a grafia uns dos outros é decisivo para nós. Perante isso, não tem qualquer interesse discutir chinesices, como a escrita desta ou daquela palavraEsta posição, assumida com a maior convicção, mudou o meu modo de olhar para o Acordo."
[...]
O essencial não é discutir o resultado – é admitir que são úteis todos os esforços que se façam no sentido de os países onde a língua oficial é o português aproximarem as suas grafias.
E são especialmente importantes para nós, portugueses.
Portugal tem 10 milhões de habitantes – mas o Brasil tem 200 milhões.
Só por arrogância ou por capricho se pode defender que devemos ficar ad aeternum agarrados às nossas regras.
O nosso papel deverá, mesmo, ser o oposto: levar os países que ainda não adoptaram o Acordo, como Angola, a fazê-lo rapidamente.
O que vale aqui é o princípio.
É termos permanentemente na cabeça a ideia de que todos ganham se em Portugal, no Brasil, em Angola, em Moçambique, em S. Tomé, em Cabo Verde, na Guiné e em Timor se escrever do mesmo modo.
Alegar razões de ‘consciência’ para rejeitar o Acordo é simplesmente ridículo: a ortografia não envolve princípios nem valores."

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fevereiro 20, 2012

Choques Ortográficos

A ler no blog "A Terceira Noite":
    O Choque Ortográfico 1
    O Choque Ortográfico 2

Grupo Media Capital Adota o AO

A partir de hoje, 20 de fevereiro, os meios do grupo Media Capital abandonam a ortografia antiga e adotam o Português Grande.

Entre outros, estão incluídos o portal IOL, a TVI, a TVI24, o MaisFutebol e a Agência Financeira.

Atendendo à abrangência e ao peso dos meios envolvidos, o dia de hoje é um marco importante para a divulgação e familiarização do cidadão comum com a simplificação ortográfica em curso.






fevereiro 19, 2012

Jornal de Notícias; a pronúncia do norte ficou maior

O JN adota o AO a partir de hoje, 19 de fevereiro.

A pronúncia continua a ser do norte, mas agora escreve-se em Português Grande.


fevereiro 15, 2012

Não-Notícia: "Movimento de Oposição ao Acordo Ortográfico Cresce em Várias Frentes"

O Público, diário português fincado no ghetto linguístico, tomou conhecimento de quixotescas verdades, imaginou quixotescamente que eram fiáveis, e emitiu quixotescas opiniões em forma de notícia.

Por sua vez, D.Quixote viu ao longe moinhos de vento, imaginou que eram gigantes e partiu a combatê-los.

Pedro Santana Lopes em Português Grande


Extratos de artigo de opinião de Pedro Santana Lopes publicado no Sol de 13 de fevereiro de 2012 (link).
"Não tenho qualquer hesitação em afirmar que é do mais alto interesse nacional que este acordo [AO] seja assumido por toda a comunidade que se exprime oficialmente em português. 
Há muitas pessoas que se esquecem do esforço que outros países têm feito para levar outros países nossos irmãos para as respectivas esferas de influência cultural. Estadistas e governantes de formação e ideologia distintas, como Cavaco Silva e Mário Soares, tiveram a noção profunda dessa relevância.
Portugal já perdeu muito tempo, muitas oportunidades, muito dinheiro, muita influência, por se envolver em polémicas estéreis. Nós temos uma identidade cultural com quase um milénio, e não é por mudarem algumas regras ortográficas que essa matriz se dilui.
Temos de estar orgulhosos por falarmos a mesma língua – que é a língua oficial de centenas de milhões de pessoas, tendo estado uma escassa mão-cheia de milhões na origem dessa epopeia cultural.
[...]
A matéria respeita a Portugal e não a um só Governo. Muitos trabalharam para que fosse possível. No que se refere ao Governo que liderei, recordo uma importante cimeira da CPLP em que se deu mais um passo significativo, e na qual participaram Jorge Sampaio, então Presidente, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, António Monteiro. Mas António Guterres, Durão Barroso, José Sócrates e tantos outros também lutaram por esta causa.
Podia dar outros testemunhos do modo como se faz sentir a importância de pertencermos a uma comunidade que partilha a mesma língua oficial. Mas não cabem neste espaço.
Portugal continua a mesma Pátria, apesar de já não se escrever como [no século 19]. A língua portuguesa continuará a ser a ‘língua de Camões’, mas também a de todos os outros poetas que se exprimiram, exprimem e exprimirão em português." 

Posts com referência ao Acordo Ortográfico no blog de Pedro Santa Lopes: http://pedrosantanalopes.blogspot.pt/2010/07/coerencia.html http://pedrosantanalopes.blogspot.pt/2008/01/notas-breves-cultura.html http://pedrosantanalopes.blogspot.pt/2007/08/o-acordo-ortogrfico-que-tive-honra-de.html


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fevereiro 12, 2012

Edite Estrela em Português Grande

Extrato de mensagem no Facebook de Edite Estrela publicado a 2012fev11:

Sou a favor do acordo ortográfico, porque simplifica e moderniza a ortografia do português (o que facilita a sua aprendizagem) e porque acaba com a singularidade de termos a única língua com dupla ortografia.
A nova ortografia favorece a pro...moção internacional da língua portuguesa. A abolição das consoantes mudas não interfere com a pronúncia das palavras. Repare que escrevemos colação e pronunciamos o a aberto [á], porque havemos de precisar de escrever colecção para pronunciarmos o e aberto [é]? E embora se escreva do mesmo modo (pregar) pronunciamos a vogal [é] se for "pregar um sermão", mas pronunciamos [e] se for "pregar um prego".
Transcrevo o que escrevemos na introdução do nosso livro "Saber usar a nova ortografia": 
"Em Portugal, o tema da ortografia foi sempre polémico. Mal se fala em mudar acento ou consoante, um hífen que seja, começa meio mundo a protestar, em defesa da conservação, e outro meio a bater-se pela alteração. A querela ortográfica não é de ontem nem de hoje. A ortografia não é um território de consenso fácil. 
As mudanças ortográficas interferem com os hábitos de escrita de cada falante, mexem com automatismos adquiridos em anos de prática e perturbam as rotinas. Acresce que o falante tem uma vinculação afetiva muito forte com a sua língua materna, entendida como um bem precioso que a todos diz respeito." 
Mensagem integral aqui.


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fevereiro 08, 2012

Rui Tavares em Português Grande


Extratos de artigo de opinião publicado no Publico de 06 de fevereiro de 2012. Ligação para o artigo aqui, nesta data sem conteúdo. O original do artigo pode ser lido no blog do autor aqui.
"Salvé, Vasco Graça Moura, insigne auctor que desafiaste o dictame do governo e reintroduziste a escripta antiga no teu Feudo Cultural de Belém! [*] Povo português, imitai o exemplo deste Aristides Sousa Mendes das consoantes mudas, como lhe chamou o escriptor e traductor Jorge Palinhos. Salvai as sanctas letrinhas ameaçadas pela sanha accordatária.
Mas ficai alerta, portugueses! As consoantes mudas são muitas mais do que julgais! O “c” de actual e o “p” de óptimo são apenas os últimos sobreviventes de um extermínio secular que lhes moveram os medonhos modernizadores da escripta. Há que salvar agora estas pobres victimas, até à septima geração."
Acolhei-as pois a todas, portugueses, recolhei-as agora em vossos escriptos como a inocentes ameaçados por Herodes."
[*] Referência às notícias que tornaram pública a intenção do recém indigitado dirigente do CCB de anular a aplicação do AO naquela fundação.



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