Em artigo publicado ontem, o Jornal de Angola parafraseou uma vez mais as teses xenófobas daqueles que em Portugal perdem diariamente a guerra dos muros na Língua Portuguesa enquanto destilam ódio ao Brasil.
Visto de Portugal, a propaganda isolacionista do JA contra o AO90 relembra o velho lema “Angola É Nossa”. Com artigos deste teor, o Jornal de Angola assemelha-se a um Boletim Cultural Ultramarino, uma publicação mais aprorpriada a uma colónia do que a um país independente.
"Boletins Ultramarinos" à parte, há coisas que dão má reputação a qualquer um, como esta:
"Angola assinou o novo acordo ortográfico, mas, por razões de ordem, essencialmente, científica e cultural, ainda não o ratificou e tem todo o direito de querer voltar a discuti-lo, pelo facto de, em alguns aspectos, não se rever nele. "
Quem confiará num Estado que assina um compromisso internacional hoje sabendo-se que mais à frente declara que "tem todo o direito de voltar a discuti-lo pelo facto de em alguns aspectos não se rever nele"? É bom ter presente que Angola assinou o AO em 1990, assim como os protocolos modificativos de 1998 e 2004.
Este é o tratamento que o Jornal de Angola reserva ao Acordo Ortográfico: muita conversa de complexo invertido de ex-colonizado por parte de jornalistas oficiosos que declaram o Estado angolano como entidade não fiável.
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