Com o imperativo de assegurar a sustentabilidade, sem comprometer o seu papel como referência independente de informação em Portugal, o PÚBLICO irá levar a cabo um projeto de reestruturação.
Este plano consistirá no reforço e adequação de competências, onde se inclui a maior orientação para as crescentes exigências do mundo digital, e na redução da estrutura de custos em cerca de 3,5 milhões de euros por ano, com a diminuição de custos de funcionamento e previsível saída de 48 colaboradores.
Como foi que o Público chegou a isto?
Chegou a isto, por exemplo, assim:
“As mesmas virgens jornalísticas que se horrorizaram com as facilidades concedidas a Miguel Relvas na obtenção da sua licenciatura convivem bem com um artigo de duas páginas que faz a apologia do facilitismo no ensino superior.”
Mas também chegou a isto porque, por exemplo, as mesmas virgens jornalísticas que promovem uma campanha difamatória contra o AO90 a que chamam “Debate” ficaram indignadas quando alguém lhes disse que "o ódio de Nuno Pacheco [subdiretor]ao AO90 é tão grande que o impediu de ver que a sua espanhola não tem as bases de conhecimento mínimas para publicar opiniões sobre ortografia da sua Língua numa folha paroquial domingueira, muito menos para publicar opiniões sobre a Língua de outros num jornal nacional."
Mas há mais. Significativamente, o comunicado do acionista está redigido e foi publicado no Público em ortografia atualizada, em claro contraponto com a linha editorial estabelecida pela maioria da Direção que impõe ao jornal e aos jornalistas o uso de ortografia antiga.
Este facto constitui uma forma implícita de o acionista evidenciar porque motivo a atual Direção foi incapaz de manter o Público como jornal de referência; na verdade, tal como nas questões políticas, também na questão ortográfica o Público foi transformado num pasquim dedicado à divulgação e promoção da mundovisão obtusa e das questiúnculas facciosas de uns poucos.
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